sábado, 10 de outubro de 2020

02 - A EXCURSÃO DE DANTE - PARTE 05 - PORTUGAL - LISBOA

 LISBOA - PORTUGAL

Finalmente livres da excursão!!! Enfim, já era o fim da viagem e o pacote nos permitia dar uma paradinha em Portugal antes de voltarmos para o Brasil, então garantimos (aproximadamente) mais 24hs na cidade de Lisboa. É, foi rápido como os passeios da excursão, mas com a vantagem de nos livramos do ônibus lotado de turistas e ganhamos a liberdade de ir e vir de acordo com os nossos desejos e não com os desejos do guia.

Como podem reparar na foto estou até sorrindo de alívio... tudo bem, é um sorriso à La Gioconda, discreto, mas está ali, representando toda felicidade, ainda meio traumatizada, mas feliz!

E só para esclarecer, a camiseta azul, estampada com o submarino amarelo dos Beatles, apesar de parecida com aquela vitrine de Londres, foi comprada (a um preço muito mais em conta) num camelô legitimamente brasileiro. 

Mas vamos lá... Atrás de mim uma vista de Lisboa, direto do mirante do Parque Eduardo VII... se tem lojinha por ali? Não sei e nem me interessa, porque não sou turista, e gosto de estar no lugar para apreciar, relaxar, conhecer mais sobre o local vivendo uma experiência sensorial... resumindo: Viver a experiência de estar ali. 

Se tiver a oportunidade de ir aquela cidade, aproveita para visitar o local, que (ao menos no dia que fui) parece ter escapado da fúria bárbara dos turistas, que devem estar na fila do pastel de bacalhau, do pastel de nata ou da loja de sardinhas para turistas (que vendem latinhas a preço de ouro, mas tem o mesmo gosto da sardinha do mercado ao lado de sua casa, que custa... bem menos).

Abaixo o mesmo lugar, com a lente zoom!


 Para quem já conhece o lugar vai reconhecer esta vista panorâmica, mas para quem não conhece, e quer ter uma ideia, pode olhar a colina ao fundo aonde pode-se ver as ruinas de uma fortaleza no estilo medieval, ali é o famoso Castelo de São Jorge. Logo ao lado, na parte baixa, a direita, fica a rua Augusta, o Arco da Rua Augusta, a Praça do Comércio e logo em frente a praça o rio Tejo... é, não dá para ver na foto (só o rio), mas estão ali. É só uma referência para quem quer se localizar. 


Olha aí, na foto seguinte, o castelo mais de perto... não é da Disney, mas é melhor, porque é de verdade! Embora também seja um estilo diferente daquele castelo da Cinderela da terra do Mickey, pode -se encontrar ali, pelo continente Europeu, diversos castelos semelhantes ao do conto de fadas (mas verdadeiros).


E o que dizer deste mapa feito de azulejos bem ao estilo lusitano... Lindo!


... Muro idem!


... Prédios idem... tá, começou a cansar! Vamos mudar de assunto?


O caos (com certo charme) típico das terras latinas... poderia ser na Espanha, na Itália, ou no Brasil, mas é Lisboa mesmo!


E este cardápio colado no vidro? Só percebemos que não estamos num subúrbio carioca qualquer por causa da língua portuguesa... Mas, ué?! Não é a mesma língua?


Assim como no Brasil só podemos chamar o queijo de Minas de queijo de Minas, se ele for feito em Minas, o famoso pastel de Belém só pode ser chamado assim se for feito em Belém. Fora dali é "pastel de nata". Na foto o lugar mais procurado para se comer o pastel de Belém, com filas quilométricas. Como não sou turista, vou de pastel de nata mesmo, que não tem fila... é só pedir e se deliciar. Quanto ao gosto, é o mesmo, só que sem fila de turista. 


Ali atrás dos mastros dos barquinhos está o Monumento dos Descobrimentos, ou Padrão dos Descobrimentos, um dos cartões postais da cidade de Lisboa que fica as margens do Rio Tejo e é um importante símbolo do passado glorioso que Portugal teve na época das grandes navegações. Mas aí descobriram o Brasil e tudo desandou... ao menos para os nativos que viviam por aqui. 


Bom, o dia já está acabando (e ficando nublado), acho melhor ir logo para o aeroporto e pegar o avião de volta para casa... não, não é esse aí de baixo. 

O avião da foto é um hidromotor que fez a primeira travessia aérea do Atlântico sul e concluída com sucesso pelos aeronautas Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em 1922 O lugar de partida foi por ali mesmo, no local do monumento.

A viagem demorou setenta e nove dias para ser concluída! Será que a poltrona reclinava? E serviço de bordo nem pensar, né? Tô fora!



E assim chegamos ao fim dessa jornada... gostou? Melhor dizer que sim, porque com o tempo que perdi escrevendo esta sandice!

... e se disser que não gostou, vai ver o que é surtar! Vai até desejar estar numa excursão! 

Mas se gostou e quer mais, aguarde... vou tirar uma folga aqui e volto qualquer dia desses para contar de outras viagens.

Talvez eu publique alguns extras nesse meio tempo, só para não deixar as teias de aranha tomarem conta do espaço. 

Enfim... Boa viagem!


sexta-feira, 2 de outubro de 2020

02 - A EXCURSÃO DE DANTE - PARTE 04 - INGLATERRA - LONDRES

 LONDRES - INGLATERRA

Um dos enganos mais comum entre a turistada preocupada com status de viajante chique, que não são, porque gente chique não se preocupa com status... e também não viaja a turismo, viaja a negócio... mas voltando ao assunto, o engano mais comum é achar que o Big Ben é o relógio da torre, ou a própria torre. Não é!!! E antes que venham com pitacos constrangedores já aviso: Também não é a explosão responsável pela origem do universo que conhecemos, e muito menos nome de seriado estadunidense. Vamos lá: Big Ben é o sino de 13 toneladas (!!!) e que tem aquele nome por causa do apelido do cara que o instalou, e o apelido dele era... Tchan, tchan!!!


Para quem gosta de contrastes entre o antigo e o moderno, Londres é o lugar perfeito. E a origem dos contrastes fica por conta da história daquele lugar, que foi destruído e reconstruído diversas vezes por diversos motivos, mas principalmente guerras. Nem sempre foi possível reconstruir Londres respeitando a arquitetura dos prédios perdidos, então as novas tendências arquitetônicas ganharam espaço por lá... muito espaço. Na foto a seguir pode ver bem o que digo apreciando o prédio modernos e de formas arrijadas em contraste com o estilo mais clássico da Tower Bridge logo atrás, numa noite de chuva, como se é de esperar. Para quem gosta de (bons) filmes de ficção científica, no melhor estilo "Gattaca" ou "Código 46", a cidade é cinematográfica... bom, acho ela cinematográfica de qualquer jeito. Isso sim é arquitetura modelo, não é a Flórida ou suas cópias baratas (no estilo, não no preço, que está longe de merecer os valores que valem) da Barra da Tijuca. Credo!


O velho castelo na foto é a famosa Torre de Londres, que teve sua construção iniciada em 1078. Na versão cinematográfica de Robin Hood, de Ridley Scott, o castelo onde a personagem lendária anuncia a morte do rei, chegando de navio, seria o mesmo castelo. O fato descrito naquela obra cinematográfica, se aconteceu de fato, teria sido ali pelo séc. XIII, ou seja, duzentos anos depois do início de sua construção. Assim como o Rei Arthur, profetas famosos de importância bíblica e outras figuras celebres, não sabemos se existiram de fato e, se existiram, não sabemos se realmente guardam características descritas em suas lendárias aventuras.


Parem a droga do ônibus que eu quero descer!!! E pegar carona naquela linda carruagem!!! Lá não é Pasárgada e nem sou amigo do Rei, mas mesmo assim quero ir de carruagem!!! Se a ONG dos direitos dos animas me permitirem, logicamente, porque se tiver mal trato, continuo no ônibus mesmo... ou vou de taxi (tá, admito que esta referência foi desnecessária).


Sabem quem estava ali no Royal Albert Hall no dia da foto abaixo? Ninguém menos que o espião de vossa majestade, o 007, Daniel Craig, para lançar o novo filme (na época) da série... Lançamento que eu não fui por estar abduzido numa excursão mais interessada em lojinhas para turistas que os chineses têm no Picacadilly, do que estar no Royal Albert Hall. Mas tudo bem, se fosse a apresentação de alguma grande orquestra eu realmente ficaria chateado de não ir, e duvido que a Rainha fosse me convidar para aquela sessão em especial. Mas me aguardem, ela ainda vai me implorar para me conceder o título de Sir Victor Klier. Questão de tempo. 


Este prédio na foto abaixo (ih... passou!) é o museu que não fui... não porque não quis, claro, mas porque ir de excursão inviabiliza qualquer tentativa de conhecer lugares úteis, de cunho intelectual, cultural, científico etc... Mas se ali fosse a lojinha do chinês, ainda estaríamos por lá, andando por entre as inúmeras bugigangas inúteis. 


Ahh, mas passei pela celebre Carnaby Street, ex-reduto hippie e vanguardista, mas que atualmente é reduto turístico e "modinha". Triste...


E, não, não é banheiro público, são cabines de telefônicas... alguém aí ainda sabe o que é um telefone? Ou uma cabine de telefone? Os turistas "nerds", fãs de Super-Homem, deveriam saber.


Há em Londres uma infinidade de construções feitas com tijolinhos vermelhos (se fosse em Oz, talvez fossem dourados) como podem confirmar na foto. Isso se explica porque naquela cidade há poucas fontes de matéria prima rochosa, então a solução foi... Turma? A solução foi? Alguém... Alguém sabe? Buller? Nerd de plantão?


Para quem acredita em virgens que engravidam de botos ou pombos, que aquela casa em Verona é da Julieta, então não podem perder esta atração: A casa de ninguém menos que Sherlock Holmes, aquele detetive famoso na ficção que os adolescentes abobalhados das últimas gerações acreditam que existiu de verdade (pior, acreditam que Enola Holmes, a irmã de Sherlock, que Conan Doyle jamais criou, também é de verdade)... Acho que estupidez, agora, é doença genética. Só pode! Bom, aí está a prova de que ao menos o endereço é real: 221b, Baker Street, Londres.


Ali onde está o guardinha (preciso dizer que é um ator? Se preferir eu desenho, tá?) é a entrada da casa de uma das personagem mais famosa da literatura. E para os desavisados, que assistiram a série "House", eu sempre repito que a personagem protagonista (e que dá nome ao programa) da série é uma releitura da personagem britânica... enfim, ali a direita fica a lojinha de bugigangas temáticas... comprei algumas para meu acervo, pois são muito úteis numa direção de arte, por exemplo, na hora de produzir um filme, uma peça e afins. 


E indo na direção oposta, a esquerda da casa do detetive imaginário, uma pérola (porque os preços de lá são equivalentes a de joias) para Beatles maníacos, que é a loja temática deles... e, não, os Beatles não são imaginários, obras da literatura ou da mente de algum escritos consagrado... eles existiram de fato! Sério! Mas mesmo sendo fã do quarteto, melhor manter distância daquele lugar, ou correm o risco de não terem dinheiro para voltar para casa (ou mesmo para o hotel/albergue onde estão hospedados), porque como eu disse, lá é caro como uma loja de joias... na dúvida vá comprar um Rolex!


Eu parado na consagrada Abbey Road (ao menos é de graça), que deu origem a uma das capas de LP mais famosas e consagradas da história do rock. Mas por que não tirei foto atravessando a rua como todo mundo? Pode até ser que minha ida até aquele lugar tenha sido por motivos banais, turísticos mesmo, mas daí a atravessar para fazer foto já é "mico" demais, né? Tirar retrato por ali já é clichê que chegue. Para que atravessar? Mas... quem sabe um dia, né?


Minha mãe, que decepção, atravessando a Abbey Road... parece turista! Pô, mãe!


Por fim o mítico estúdio da Abbey Road... nem vou comentar nada!


Agora, antes de sair da cidade, vamos ver se aprendeu algo: Dá para ver o Big Ben na foto abaixo? Por que?


E para finalizar...


Legal a folhagem colorida, né? 

Próxima parada - Lisboa - Portugal