VENEZA
Chegamos nas ilhas mais famosas da região do Vêneto de barco, mas dá para chegar de trem também... "Ué, mas não é uma ilha? O trem flutua?". Obviamente não responderei a esta pergunta, que vou considerar como retórica... bom, olhando na foto parece que a cidade está afundando e que será coberta pelas águas... e será mesmo!
Questão de tempo, mas a verdade é que aquelas ilhas famosas estão realmente afundando... tipo o Titanic, só que sem o iceberg.
Mais ou menos o que acontece com a Torre de Pisa... não, não é torre de pizza! É a torre inclinada da cidade de Pisa, também na Itália, e que foi construída num solo instável, que cedeu e fez a torre inclinar. Em Veneza a cidade não está inclinando, está afundando por todos os lados... mas vai demorar ainda, então não precisa se preocupar a curto prazo.
No retrato acima eu fui flagrado como se fosse um turista... foto de mãe é fogo! Quase me comprometeu, mas não se enganem, não sou turista, sou um viajante que registra a viagem! Sacou a diferença?
Mas como já deduziram, Veneza é um cidade cinematográfica e já foi cenário de inúmero filmes famosos, como filmes do espião britânico Bond, James Bond, o 007 em "Cassino Royale", de 2006 ou "O Turista", com Johnny Depp.
Mas se quer uma indicação com mais, digamos, pedigree, então indico esses: "Todos Dizem Eu Te Amo", um divertido musical dirigido por Woody Allen e o clássico de Luchino Viconti, "Morte em Veneza" (baseado no romance de Thomas Mann).
Outra dica curiosa é um filme (quase) desconhecido, mas bem legal, que é o longa "Little Romance - Um Pequeno Romance", filme de George Roy Hill (mesmo diretor de "Butch Cassidy e Sundance Kid" e "Golpe de Mestre") e contando ainda com a participação do consagrado ator shakespeariano, Sir Laurence Olivier.
Na pequena e encantadora obra, que conta o romance de casal de adolescentes, que tem o apoio do velho batedor de carteiras (Olivier), acompanhamos o trio que foge de Paris (França) com destino a Veneza (passando por Verona) para que o casal possa se beijar embaixo da Ponte dos Suspiros, num passeio de Gondola, durante o pôr do Sol, pois diz a lenda que assim o amor será eterno... romântico, né?
Mas a história da tal Ponte dos Suspiros não é tão agradável, pois dizem que ali era por onde os prisioneiros condenados a morte passavam para receber a sentença final, e enquanto atravessavam a ponte davam seus últimos suspiros vislumbrando a liberdade lá fora, olhando pelas janelinhas da ponte... olha ali na foto e imaginem isso... ou assista o filme se preferir a versão mais leve e açucarada.
Olha aí... não falei? Estraga a foto! Mas já que publiquei aproveito para explicar sobre o que estamos vendo aqui... Sobre turistas seria redundância explicar algo, mas acredito que possa estar se perguntando sobre toda a água que está ali e sobre a passarela por onde a aglomeração de pessoas está andando... Bom, lembra que eu disse que Veneza está afundando? Pois é, esse é um dos resultados, mas não se preocupem pois, por enquanto, é só um fenômeno sazonal que se soma a alta da maré... mas de uns anos para cá tem piorado, então se for para aqueles lados no período do outono-inverno, melhor já levar um colete salva vidas... não, não é colete a prova de balas.
E como eu disse lá em cima o alagamento depende da maré, então coloquei a foto da praça (no mesmo dia) já sem a água e com minha mãe sentada na passarela já vazia e usando botas descartáveis de plástico amarelo brilhante, vendidas pela bagatela (ironia, para os desatentos) de seis Euros cada par!!! Por este preço achei melhor trazer a minha para o Brasil... vai que resolvo passear em Petrópolis no verão.
Se acha que o Brasil é o único famoso pelo carnaval, então saiba que o carnaval de Veneza também é celebre. E aqui em baixo pode ver a foto da vitrine de uma loja que aluga e vende fantasias para o evento e, claro, para turistas, que levam somente máscaras, porque levar a fantasia inteira não caberia no orçamento... e nem na mala.
Gostou, né? Eu também. Mas se quer ver mais, lamento, porque passeio de excursão é assim, a jato... Mal chegou e já tem que ir embora. Agora tenho que correr ou o barco para o continente parte sem mim.