sexta-feira, 11 de setembro de 2020

02 - A EXCURSÃO DE DANTE - PARTE 02 - SUÍÇA - VITZNAU/LUCERNA/ZURIQUE

 PARTE 02

VITZNAU - SUÍÇA

Depois de passarmos a noite em Milão... "- Ué, mas não comentou nada de Milão, e nem publicou nenhuma foto de lá!"... Vou explicar pela última vez: estávamos numa excursão feita para turistas (redundante, mas a ênfase se faz necessária) e a prioridade é o máximo de lugares pelo mínimo de tempo e o máximo de valor ($)! Entendeu ou quer que desenhe?

Então vamos lá:  Milão é um dos caminhos para se chegar a Suíça, e a excursão programou uma noite de descanso antes de seguirmos viagem, sendo assim, Milão, de cidade ícone  da moda, se tornou uma reles "cidade dormitório"... a foto abaixo foi tudo que vimos de Milão. Quer ir de excursão, vá, mas depois não diga que não avisei!

Em Milão a única coisa a milanesa que experimentamos foi a cama e só, porque bife não teve. E logo de manhã partimos sem sequer passar pelo quadrilátero da moda (que particularmente não me faria falta). 

Acordamos e seguimos viagem e já vou avisando que, caso não saibam, a Suíça é um país bem pequeno e a forma de a excursão fingir que nos apresentou aquele país adequadamente é passar no máximo de cidades num único dia e depois cair fora de lá e seguir para o próximo destino. Sendo assim a programação era basicamente assim: pela manhã visitaríamos Vitznau, onde também almoçaríamos, depois passaríamos a tarde em Lucerna e terminaríamos o dia, literalmente, em Zurique.

Chegando em Vitznau descemos do ônibus e fomos direto pegar um bondinho (tipo aquele do Pão de Açúcar, no Rio) e subimos a montanha confortavelmente enquanto apreciávamos a bela paisagem. 


Aliás, paisagens na Suíça é um tipo de patrimônio nacional e suas belas paisagens podem ser encontradas, por exemplo, nas fotografias dos velhos calendário ou daqueles quebra-cabeças de milhares de peças, que a gente compra e não monta nunca, mas fica apreciando a foto na embalagem.

Abaixo eu pareço estar posando, mas quem me conhece sabe que não poso para fotos, ainda mais com fins turísticos... sou um viajante sério e um jornalista investigativo! Classifico a foto como um registro, um documento de uma descoberta rara, que é o abominável "Zumbi das Neves", o que justifica minha presença no retrato. 

A moda naquela época era filmes e séries de zumbi, então nada mais apropriado que divulgar o meu encontro com o "Zumbi das Neves" aqui... e podem até ver o desespero da loirinha ali atrás, indo embora rapidamente, depois que o Zumbi das Neves a tratou com frieza, ignorando sua presença e o pedido para fazer uma "selfie" (ou foto para quem é estudado e sabe falar português). Enfim, é um dos ataques mais agressivos que aquele tipo de zumbi pode fazer a uma loura cheia de vazios. E nem vou contar o que ele costuma a fazer com turistas...

Mas mudando de assunto, não sei que tanto frio minha mãe sentiu ali em Vitznau (como podem conferir olhando no retrato abaixo), pois a verdade era que senti tanto calor que não demorei a tirar meu casaco. Aquela neve que vemos nas fotos? Não sei, deve ser cenográfica, só pode, porque não derretia.

Os suíços são inteligentes e desenvolvidos, sabem que turistas pobres e vindo de lugares quentes, sonham em ver neve. Brasileiros, então...


Alguns gostam tanto de neve que aposto serem capazes de guardar um punhado daquela neve suja de terra para trazer um pouco de lá.

Eu, apesar de não ser turista, admito gostar bastante de lugares com neve e frio (embora não tenhamos encontrado tanta neve assim, e frio muito menos).


Acima um estação de esqui... fechada, obviamente, por falta de neve, e esta era a visão que tínhamos da janela do restaurante onde estávamos para almoçar e comer fondue de queijo, se não me engano. 

Depois do almoço descemos novamente, para continuar o bucólico passeio (que se não fosse uma excursão, teria sido realmente bucólico e sem correrias para cumprir horários), mas desta vez, ao invés do bondinho, um trenzinho vermelho... tudo "inho", e para provar meu ponto de vista, reparem numa turista dando "tchauzinho"! 

Pois é, "tchauzinho" para quem? Quem diabos ela conhece no trem onde eu estava? Ela está chamando por alguém, está se despedindo, avisando que alguém deixou cair algo? Não, é só mais uma turista sem noção da realidade... - Querida, eu não te conheço e você parece estar acompanhada, então não vou te dar "tchauzinho", ok?  


No caminho, enquanto descíamos,  fiquei observando a paisagem para ver se via alguma composição interessante para tirar uma foto e acabei registrando um bode e seu pastor... não, não era um bode evangélico! Graças a Darwin! 


Logo em seguida pude observar que não é só no Rio de Janeiro que temos moradias nas encostas dos morros... olha aí embaixo a favela suíça despontando na paisagem de cartão postal.  


Também descobri que lá no primeiro mundo também tem vendedores ambulantes, camelô para os íntimos, como podem conferir na foto que segue.  

E aí, os conservadores vão denunciar o abuso de menores, que deveriam estar na escola ao invés de estarem perdendo a infância num trabalho humilhante, vendendo limonadas, ou sei lá o que , para turistas?!  


Mas não é por isso que coloquei a foto, não, foi só para mostrar a estação das barcas, tipo Rio-Niterói ou Paquetá... só que na Suíça. Dali pegaríamos uma embarcação para ir até a cidade de Lucerna.


LUCERNA

Bom, entre Vitznau e Lucerna, um belo passeio pelo lago, apreciando as paisagens perfeitas do local... entediantes de tão perfeitas.


Ahh, o tédio... com dinheiro no bolso eu seria um entediado bem feliz naquele lugar... até porque, se bater o tédio, é só pegar um trem e em alguns minutos pode ir dali para a França, a Alemanha, a Áustria, a Itália e fugir da rotina se ela ficar chata. ... Mas antes, fique rico!


Beleza e tédio, por lá, tem para todo gosto... a exceção (ao tédio) é somente para aqueles que praticam jogos de inverno... tipo esqui na neve e tal, então, se for verão, talvez o lugar não tenha dias tão agitados (a não ser que você seja um turista em uma excursão).  


Mas chega de conversa, pois estamos chegando a Lucerna e teremos que desembarcar... olha Lucerna ali, óh!


E lá chegando fomos muito bem recebidos pelos locais, que fizeram questão de nos acompanhar na saída da embarcação! Adorei! Super simpáticos!


Do barco fomos direto para o centro (turístico), onde lojas da Rolex nos esperavam de braços abertos... mas mal sabiam eles que excursão de brasileiro pobre não compra Rolex original, só do Paraguai (ou da China). Também visitamos um lugar que fazia canivetes (e também vendia, logicamente), mas os preços também eram uma facada e acabei que nem lembrei de fotografar lá... mas o Rolex (não sei se consegue ler, mas ali no relógio está escrito Rolex) não escapou da foto.


Precisa de um taxi? Pode pegar aquele "mercedão" ali, porque taxi tipo Fusquinha não vai encontrar. Quem mandou ser pobre e querer visitar a Suíça? Vai ter que andar de ônibus de excursão ou a pé... vai por mim, e vá a pé!!!


E foi andando a pé que encontrei o lugar que achei mais legal por ali, algo até comum em vários lugares da Europa, que são prédios todos decorados com pinturas incríveis, de todos os estilos e todos os temas, como nesses prédios. Olha que legal!




Com a tarde chegando ao fim, tínhamos que seguir, pois a noite era a vez de Zurique, onde passaríamos a noite.

ZURIQUE

Pois é, estamos finalizando a rápida travessia pela Suíça, chegando a Zurique no fim do dia e, apesar daquela cidade não estar no roteiro do passeio como lugar de visita, mas somente para dormir, conseguimos alguns minutos fora do ônibus para conhecer um pouco do local. Embora tenha sido uma oportunidade, que não tivemos em Milão, ainda ficou muito a desejar, porque "minutos" não dá para muita coisa... eu por exemplo, não tive nem tempo de visitar o banheiro público daquela cidade (porque o ônibus não tinha banheiro... agora explica isso para minha bexiga estourando).



Descemos do ônibus e pudemos tirar algumas fotos do local nas proximidades de onde estacionamos.


 Eu, que não sou bobo nem nada, consegui escapar e me afastei um pouco, seguindo o rio que desaguava no lago que ficava a uns duzentos metros do local onde o ônibus parou.


Lembra do banheiro público que falei? Olha ele logo ali. Lindo, né? Deve ser melhor que o da minha casa, mas como expliquei lá em cima, não pude ir... a noite caía rapidamente e logo o ônibus partiria para nos levar ao hotel onde dormiríamos para no dia seguinte seguirmos para Paris, na França. Tive que segurar até chegar ao hotel!


Auf Wiedersehen Suíça!


Próxima parada - Paris - França