sexta-feira, 25 de setembro de 2020

02 - A EXCURSÃO DE DANTE - PARTE 03 - FRANÇA - VERSALHES

VERSALHES - FRANÇA

Eu e minha mãe chegando ao Palácio de Versalhes com os turistas... mas não como eles, claro. Segunda vez em Versalhes e segunda com chuva, então os culpados por isso que se cuidem, porque se eu pego é guilhotina na certa!


Ok, tudo bem, não quero ser injusto, pois até os turistas têm alguma utilidade e, se por um lado poluem todas as fotos em que queremos mostrar somente algum prédio histórico ou monumento, por outro eles servem de referência para a questões de escala. Por exemplo: Podemos ter uma ideia das distâncias se olharmos a mandada... digo, a fila de turistas, e de tamanho, se compararmos com o prédio do Palácio. Reparem na foto abaixo.



Eu amo dias chuvosos, mas visitar pela segunda vez os jardins de Versalhes naquelas condições é o que eu chamaria de pecado divino, se eu acreditasse em pecados e divindades, obviamente, mas como não é o caso, foi só uma coincidência meteorológica. 


Para os cinéfilos de plantão indico aqui um filme que conta um pouco sobre a história daquele jardim, ou parte dele, estou falando de "Um Pouco de Caos", onde acompanhamos a história da paisagista Sabine de Barra (Kate Winslet), que auxilia o arquiteto contratado pelo Rei Luís XIV, mas que tem um estilo oposto ao dele... Estrago o filme se eu disser que os opostos se atraem? Foi mal! 

Logicamente o passeio pelo interior do Palácio de Versalhes foi mais tranquilo (e seco) e percorrermos por alguns dos quilométricos corredores que ligavam os cômodos das realezas (como no Louvre ou qualquer palácio do mundo daquele período), e na foto o "corredor" mais famoso, conhecido como "A Galeria dos Espelhos"... como já devem imaginar, a foto está apontando para o teto, porque os turistas ainda não ocuparam aquele espaço... ainda bem que não há moscas turistas, né?

E um dos quarto a que tivemos acesso foi ao quarto da Rainha Maria Antonieta (ou Marie Antoniette, se preferir a versão francesa)...


... Acho que era dela... aquele busto ali, não é ela? Bom, da Kirsten Dunst é que não é. Falando nisso assistam ao filme da Sofia Coppola sobre a Rainha da França que no fim da história acabou perdendo a cabeça... opa! Estraguei o final de novo? 


Devo ter tirado, só ali em Versalhes umas 500 fotos (ainda bem que as fotos hoje são digitais, porque usar filme ali, ainda mais naquela correria de excursão, não daria certo), mas só coloquei aqui "aquele licor a mais" que importa, porque o bombom inteiro seria cansativo (para mim) e agora é voar, voar (credo, que comentário cafona... deve ser febre turista).

Próxima parada - Londres - Inglaterra


sexta-feira, 18 de setembro de 2020

02 - A EXCURSÃO DE DANTE - PARTE 03 - FRANÇA - PARIS

 PARTE 03

FRANÇA - PARIS

Menos de um anos depois em que estive em Paris (confira aqui no Blog o texto "Natal com Neve em Paris") eu já estava de volta àquela encantadora cidade, e se no ano anterior a excursão se resumia a eu, minha mãe e mais duas pessoas que quase não vimos, desta vez era um ônibus lotado de turistas totalmente fora de si... bom, turista fora de si é redundância, né? Mas fazer o que? Agora tínhamos que ir até o fim...


Se acha que mostro esta foto por causa da Torre Eiffel, então definitivamente você é um turista, mas se prestou atenção no primeiro plano e reparou na Estátua da Liberdade, então você é um potencial viajante. "- Ué, mas a estátua da Liberdade não fica nos Estados Unidos?". Por favor, não me decepcione, pois não é segredo que a referida estátua foi feita pelos franceses, que presentearam aquele pais com o monumento. Mas a verdade, que poucos sabem, é que Paris tem, não somente uma, mas duas Estátuas da Liberdade originais... tudo bem, são em escala bem menor, mas ao menos são obras originais e legitimamente francesas. 

E lembram que no texto sobre Roma eu comentei sobre enormes obeliscos retirados do Egito e levados para a Europa? Pois é, olha mais um ali... e o mistério continua: Como diabos eles conseguiram levar aquele "pitoco" gigantesco e pesado, do Egito para Paris? Se hoje ainda seria um transporte complicado, o que dirá em séculos passados.


Outro dia vi uma foto de um palácio do antigo Egito, onde havia obeliscos na entrada, mas com um deles faltando e certamente é um desses que hoje mora na Europa, só não sei qual deles... Se o palácio que vi era o Templo de Luxor, então ele é o que está hoje na Place de la Concorde, mesmo lugar onde cabeças rolaram, literalmente.

Cabeças de quem? Como assim de quem?! De Luís XVI, de Maria Antonieta, de Danton e Robespierre, entre outros. Quem eram?! Está me testando ou foi uma pergunta retórica?

A maioria dos pontos históricos importantes, como os que mostrei nas fotos ali em cima (e na próxima abaixo), foram tiradas do ônibus em movimento, porque como já repeti inúmeras vezes, estávamos aprisionados num pacote organizado por uma agência de turismo, que costuma a vender pacotes com o mínimo possível de visitas pelo maior preço que puderem, então torça para sentar do lado certo do ônibus, de onde poderá vislumbrar ( e se tiver sorte conseguir uma boa foto) de todos os monumentos legais, mas fora do programa.

Na foto abaixo, aliás, podemos ver o alto da Torre de St. Jacques, de estilo gótico, que foi erguida entre os anos de 1508 e 1522, como parte da igreja de Saint-Jacques de la Boucherie, que foi uma das igrejas de Paris até ser demolida 1797 (o que podemos chamar de pecado, literalmente).


... E se já viram o excelente "Fugindo do Inferno", de 1963, saibam que foi a obra que me inspirou a bolar uma grande fuga do cárcere
turístico... o ônibus que levava os prisioneiros (os turistas e eu), seguia em direção àquela celebre das atrações, que seria a mais  aguardada entre a turistada, a Torre Eiffel!! 

Mas quando o ônibus parou no sinal de trânsito, quase em frente ao Louvre, pulei fora o mais rápido possível e atravessei a ponte correndo em direção a liberdade (igualdade e fraternidade... preciso explicar a piada?).

Minha mãe, ao contrário de mim, não teve a sorte de conseguir escapar e ficou no ônibus, cansada a exaustão por causa dos passeios que usavam como tortura (sempre na correria e sem descanso) e seguiu com a excursão em direção a Torre, que, pelo que entendi, ela nem teve energia para visitar. 


Caminhei a pé por toda a região, explorando o que deu, no meu passeio solo. Depois de algumas horas segui para o Louvre, onde eu sabia que a excursão terminaria aquele dia, visitando seu interior, e como a excursão não enfrentaria as filas quilométricas, eu, espertamente, me deixei ser recapturado. 

Se não tem ideia do que é prédio do Louvre, digo logo que nem que você vá morar no antigo palácio pelo resto da vida, jamais irá conseguir conhecer todo o interior do prédio e muito menos do que é exibido ali.

E eu ia dizer que, logicamente, iria resumir a experiência da minha visita, que não deve ter durado mais de três horas por lá, ou quatro, se muito, mas a verdade é que a palavra resumir não se aplica aqui, já que para uma visita descente (mas ainda assim resumida) eu precisaria de uns cinco dias úteis visitando todos os dias, para dar conta de atravessar as principais exposições do museu com a devida, e merecida, atenção... bom, mas eu estava numa excursão e se por um lado não pegamos filas, seguir a programação deles, deveria se chamar "maratona"... tente apreciar um quadro enquanto corre!


Nossa visita começou pelo subsolo do museu, onde podemos ver nas paredes as pedras da fundação original do palácio e a maquete mostra como era o Louvre ainda "filhote". Uma bela evolução... e olha que Darwin nem era arquiteto!

Mas a maquete e a fundação original são apenas a entrada do suculento banquete bem servido de arte e história, oferecido pelo célebre museu e dali seguimos para os aposentos de Napoleão, que usou o palácio como residência. 


Reparem nos detalhes dos aposentos do imperador, nas fotos, acima e abaixo, e se não ficar com lágrimas nos olhos é porque você é pior que turista. 


E se querem uma fotografia mais aberta dos aposentos, aí vai:


E sabe porque não há turistas tentando acampar ali? Por que o museu não permite a entrada de visitantes naquelas áreas (o que faz muito bem) e temos que ver tudo do corredor que corta os salões. Para ter uma ideia do tamanho, creio que uma família poderia morar ali na lareira com relativo conforto... aquecimento no inverno garantido!

Deu fome? Que pena, pois a mesa é só para o imperador, sua família e convidados... turistas, no máximo, uma guilhotina ao ponto. A pergunta que fica no ar é: Como uma pessoa numa ponta da mesa se comunicava com alguém da outra ponta? Mandavam cartas? Pombo correio? Whatsapp certamente não era... mistério!


E o que dizer dos corredores... se fosse hoje só dava para chamar um Uber para atravessa-los, mas na época usavam o que ali?

Fico imaginando um nobre qualquer mandando recados para outro do outro lado do palácio e esperando uma resposta, que podia levar a um debate, então tenho pena de quem levava o recado, se ir a pé era a única solução.

Se as Olímpiadas da era moderna já valessem ali, certamente os "levadores de recados" seriam medalhistas certos das corridas de longa distância.


Minha mãe não aguentou e no meio do passeio desistiu e foi procurar um lugar para esperar sentada perto da saída. Excursão é assim, te mata, mas cumpre o programa ao pé da letra... e se acham que ganha desconto por isso, melhor esperar sentado ao lado da minha mãe.

Mas eu continuei o passeio e, depois dos aposentos do Napoleão, seguimos para a ala das grandes artes, onde veríamos esculturas celebres como a da Vênus de Milo...



... ou a Vitória de Samotrácia.



Além das esculturas famosas, logicamente veríamos as pinturas, que também fazem parte da constelação de estrelas daquele museu cinematográfico (apareceu no filme "Código DaVinci", adaptação do romance do mesmo nome).

Mas se pensam que existe a possibilidade de contemplar e apreciar, qualquer que seja a obra, como na foto abaixo, ...



... esqueçam!!! A foto é uma ilusão de ótica, causada por um fenômenos chamado "edição". A verdade é que se a foto mostrasse um pouco mais a esquerda ou a direita, veriam que o local estava lotado e que, a aparência de vazio por causa dos espaços em volta da moça, foi uma eventualidade que durou menos de um segundo, mas tempo suficiente para somente um "clique" da máquina, que congelou aquele momento efêmero para sempre, graças a habilidade do fotógrafo talentoso... no caso eu mesmo.

Se querem ter uma ideia da realidade, mostro outra foto, que desta vez estará no triste contexto do turismo predatório.


Quer contemplar? Então é melhor arrumar um trabalho como segurança noturna do museu, porque de dia, aberto ao público, a paz e a calma dali só é comparada a dos gladiadores na época do Coliseu em dia de "espetáculo".

Tá, mas e a Monalisa?! Ahh, claro, o turista clichê, querendo ver La Gioconda... ok, olha aí:



Achou a foto ruim? Pois é, tente fotografar um retrato pequeno (porque a pintura realmente é pequena) com um vidro a prova de balas na frente e uma manada de turistas na sua frente, te impedindo de chegar a dez metros da obra... sem contar que entre o público e o quadro ainda tem um espaço de segurança. 


Quer ver a Monalisa em todos os seus detalhes e esplendor
? Então compre um livro de artes, que a foto do livro será melhor do que a que conseguirá fazer, e ainda poderá apreciar a vontade, sem distâncias de segurança, sem vidros a prova de balas e, o melhor de tudo, sem a turistada atrapalhando você.

Agora eu também vou (tentar) descansar um pouco, porque amanhã tem mais!

Próxima parada - Versalhes - França






 

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

02 - A EXCURSÃO DE DANTE - PARTE 02 - SUÍÇA - VITZNAU/LUCERNA/ZURIQUE

 PARTE 02

VITZNAU - SUÍÇA

Depois de passarmos a noite em Milão... "- Ué, mas não comentou nada de Milão, e nem publicou nenhuma foto de lá!"... Vou explicar pela última vez: estávamos numa excursão feita para turistas (redundante, mas a ênfase se faz necessária) e a prioridade é o máximo de lugares pelo mínimo de tempo e o máximo de valor ($)! Entendeu ou quer que desenhe?

Então vamos lá:  Milão é um dos caminhos para se chegar a Suíça, e a excursão programou uma noite de descanso antes de seguirmos viagem, sendo assim, Milão, de cidade ícone  da moda, se tornou uma reles "cidade dormitório"... a foto abaixo foi tudo que vimos de Milão. Quer ir de excursão, vá, mas depois não diga que não avisei!

Em Milão a única coisa a milanesa que experimentamos foi a cama e só, porque bife não teve. E logo de manhã partimos sem sequer passar pelo quadrilátero da moda (que particularmente não me faria falta). 

Acordamos e seguimos viagem e já vou avisando que, caso não saibam, a Suíça é um país bem pequeno e a forma de a excursão fingir que nos apresentou aquele país adequadamente é passar no máximo de cidades num único dia e depois cair fora de lá e seguir para o próximo destino. Sendo assim a programação era basicamente assim: pela manhã visitaríamos Vitznau, onde também almoçaríamos, depois passaríamos a tarde em Lucerna e terminaríamos o dia, literalmente, em Zurique.

Chegando em Vitznau descemos do ônibus e fomos direto pegar um bondinho (tipo aquele do Pão de Açúcar, no Rio) e subimos a montanha confortavelmente enquanto apreciávamos a bela paisagem. 


Aliás, paisagens na Suíça é um tipo de patrimônio nacional e suas belas paisagens podem ser encontradas, por exemplo, nas fotografias dos velhos calendário ou daqueles quebra-cabeças de milhares de peças, que a gente compra e não monta nunca, mas fica apreciando a foto na embalagem.

Abaixo eu pareço estar posando, mas quem me conhece sabe que não poso para fotos, ainda mais com fins turísticos... sou um viajante sério e um jornalista investigativo! Classifico a foto como um registro, um documento de uma descoberta rara, que é o abominável "Zumbi das Neves", o que justifica minha presença no retrato. 

A moda naquela época era filmes e séries de zumbi, então nada mais apropriado que divulgar o meu encontro com o "Zumbi das Neves" aqui... e podem até ver o desespero da loirinha ali atrás, indo embora rapidamente, depois que o Zumbi das Neves a tratou com frieza, ignorando sua presença e o pedido para fazer uma "selfie" (ou foto para quem é estudado e sabe falar português). Enfim, é um dos ataques mais agressivos que aquele tipo de zumbi pode fazer a uma loura cheia de vazios. E nem vou contar o que ele costuma a fazer com turistas...

Mas mudando de assunto, não sei que tanto frio minha mãe sentiu ali em Vitznau (como podem conferir olhando no retrato abaixo), pois a verdade era que senti tanto calor que não demorei a tirar meu casaco. Aquela neve que vemos nas fotos? Não sei, deve ser cenográfica, só pode, porque não derretia.

Os suíços são inteligentes e desenvolvidos, sabem que turistas pobres e vindo de lugares quentes, sonham em ver neve. Brasileiros, então...


Alguns gostam tanto de neve que aposto serem capazes de guardar um punhado daquela neve suja de terra para trazer um pouco de lá.

Eu, apesar de não ser turista, admito gostar bastante de lugares com neve e frio (embora não tenhamos encontrado tanta neve assim, e frio muito menos).


Acima um estação de esqui... fechada, obviamente, por falta de neve, e esta era a visão que tínhamos da janela do restaurante onde estávamos para almoçar e comer fondue de queijo, se não me engano. 

Depois do almoço descemos novamente, para continuar o bucólico passeio (que se não fosse uma excursão, teria sido realmente bucólico e sem correrias para cumprir horários), mas desta vez, ao invés do bondinho, um trenzinho vermelho... tudo "inho", e para provar meu ponto de vista, reparem numa turista dando "tchauzinho"! 

Pois é, "tchauzinho" para quem? Quem diabos ela conhece no trem onde eu estava? Ela está chamando por alguém, está se despedindo, avisando que alguém deixou cair algo? Não, é só mais uma turista sem noção da realidade... - Querida, eu não te conheço e você parece estar acompanhada, então não vou te dar "tchauzinho", ok?  


No caminho, enquanto descíamos,  fiquei observando a paisagem para ver se via alguma composição interessante para tirar uma foto e acabei registrando um bode e seu pastor... não, não era um bode evangélico! Graças a Darwin! 


Logo em seguida pude observar que não é só no Rio de Janeiro que temos moradias nas encostas dos morros... olha aí embaixo a favela suíça despontando na paisagem de cartão postal.  


Também descobri que lá no primeiro mundo também tem vendedores ambulantes, camelô para os íntimos, como podem conferir na foto que segue.  

E aí, os conservadores vão denunciar o abuso de menores, que deveriam estar na escola ao invés de estarem perdendo a infância num trabalho humilhante, vendendo limonadas, ou sei lá o que , para turistas?!  


Mas não é por isso que coloquei a foto, não, foi só para mostrar a estação das barcas, tipo Rio-Niterói ou Paquetá... só que na Suíça. Dali pegaríamos uma embarcação para ir até a cidade de Lucerna.


LUCERNA

Bom, entre Vitznau e Lucerna, um belo passeio pelo lago, apreciando as paisagens perfeitas do local... entediantes de tão perfeitas.


Ahh, o tédio... com dinheiro no bolso eu seria um entediado bem feliz naquele lugar... até porque, se bater o tédio, é só pegar um trem e em alguns minutos pode ir dali para a França, a Alemanha, a Áustria, a Itália e fugir da rotina se ela ficar chata. ... Mas antes, fique rico!


Beleza e tédio, por lá, tem para todo gosto... a exceção (ao tédio) é somente para aqueles que praticam jogos de inverno... tipo esqui na neve e tal, então, se for verão, talvez o lugar não tenha dias tão agitados (a não ser que você seja um turista em uma excursão).  


Mas chega de conversa, pois estamos chegando a Lucerna e teremos que desembarcar... olha Lucerna ali, óh!


E lá chegando fomos muito bem recebidos pelos locais, que fizeram questão de nos acompanhar na saída da embarcação! Adorei! Super simpáticos!


Do barco fomos direto para o centro (turístico), onde lojas da Rolex nos esperavam de braços abertos... mas mal sabiam eles que excursão de brasileiro pobre não compra Rolex original, só do Paraguai (ou da China). Também visitamos um lugar que fazia canivetes (e também vendia, logicamente), mas os preços também eram uma facada e acabei que nem lembrei de fotografar lá... mas o Rolex (não sei se consegue ler, mas ali no relógio está escrito Rolex) não escapou da foto.


Precisa de um taxi? Pode pegar aquele "mercedão" ali, porque taxi tipo Fusquinha não vai encontrar. Quem mandou ser pobre e querer visitar a Suíça? Vai ter que andar de ônibus de excursão ou a pé... vai por mim, e vá a pé!!!


E foi andando a pé que encontrei o lugar que achei mais legal por ali, algo até comum em vários lugares da Europa, que são prédios todos decorados com pinturas incríveis, de todos os estilos e todos os temas, como nesses prédios. Olha que legal!




Com a tarde chegando ao fim, tínhamos que seguir, pois a noite era a vez de Zurique, onde passaríamos a noite.

ZURIQUE

Pois é, estamos finalizando a rápida travessia pela Suíça, chegando a Zurique no fim do dia e, apesar daquela cidade não estar no roteiro do passeio como lugar de visita, mas somente para dormir, conseguimos alguns minutos fora do ônibus para conhecer um pouco do local. Embora tenha sido uma oportunidade, que não tivemos em Milão, ainda ficou muito a desejar, porque "minutos" não dá para muita coisa... eu por exemplo, não tive nem tempo de visitar o banheiro público daquela cidade (porque o ônibus não tinha banheiro... agora explica isso para minha bexiga estourando).



Descemos do ônibus e pudemos tirar algumas fotos do local nas proximidades de onde estacionamos.


 Eu, que não sou bobo nem nada, consegui escapar e me afastei um pouco, seguindo o rio que desaguava no lago que ficava a uns duzentos metros do local onde o ônibus parou.


Lembra do banheiro público que falei? Olha ele logo ali. Lindo, né? Deve ser melhor que o da minha casa, mas como expliquei lá em cima, não pude ir... a noite caía rapidamente e logo o ônibus partiria para nos levar ao hotel onde dormiríamos para no dia seguinte seguirmos para Paris, na França. Tive que segurar até chegar ao hotel!


Auf Wiedersehen Suíça!


Próxima parada - Paris - França

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

02 - A EXCURSÃO DE DANTE - PARTE 01- ITÁLIA - VERONA

 VERONA

O muro medieval em Verona foi um dos mais bem conservados que vi na Itália... da parte que sobrou dele, logicamente e do pouco que conheço da Itália. Não sei dizer se a parte conservada é original ou se foi restaurada, mas mesmo assim impressiona se imaginar como era séculos atrás. 

Também é interessante observar que, antes, toda a cidade cabia dentro dos muros e, com o tempo, começaram a construir fora dele , porque a cidade crescia e obviamente já não cabia em si, e isso muito antes da era moderna. E como não se podia trocar de muro como se troca a roupa de uma criança que cresceu, e necessita de um número maior, a solução era construir fora do muro mesmo e torcer para não haver invasões dos inimigos.

Acho que para uma cidade moderna caber dentro de alguma muralha, hoje, só se for a muralha da China.


Antes de "entrar" na cidade, com aspas, porque já estávamos na cidade, mas "entrar", aqui, se refere ao que ficava dentro do muro... ai, ai, ter que ficar explicando o óbvio igual a guia turístico. Não tenho paciência, mas ok, vamos em frente...

... Do lado de fora dos muros de Verona encontramos diversos prédios históricos importantes como o Palácio Barbieri, construído no século XIX e mesclando estilos (na foto pode ver a parte de trás, que lembra a forma do Coliseu, mas que na frente tem um estilo mais moderno, em tom amarelado, que na foto parece ser outro prédio, mas não é) e que hoje é sede do município.


Passando o Palácio Barbieri logo nos deparamos com o Anfiteatro Romano, não tão grande quanto o Coliseu em Roma, mas muito mais bem conservado (embora olhando a foto nem pareça tão conservado assim), e que ainda hoje se pode ver grandes espetáculos ali... não, nada de gladiadores, leões e sangue, mas apresentação de ópera e até shows de rock. 

Infelizmente não pude ver nenhuma espetáculo ali porque... adivinhem! A excursão só ficaria naquela cidade por algumas horas e logo partiríamos, então nada de ópera! Deixo então a foto do lado de fora, onde podemos ver parte da estrutura de iluminação usada nas apresentações artísticas.


Abaixo o desenho que se vê, não é um desenho da cidade de Verona no passado, mas uma foto do desenho de Verona no passado. É que eu iria comprar o tal desenho (que na verdade já era uma cópia impressa, obviamente), mas era tão caro, que resolvi fotografa-lo de graça... Brasileiro, sempre se achando um malandro e dando um "jeitinho". 


Mas repare no que interessa, de como era a cidade e como o muro contornava a maior parte, já que começava a surgir construções do lado de fora por falta de espaço na parte central... incluindo o Anfiteatro Romano. 

Como na época ainda não haviam inventado os turistas, ninguém se preocupou com invasões. Hoje, coitados, nem o muro segura... como podem ver na foto abaixo, com os invasores bárbaros indo todos em direção das lojas de souvenir chinês fingindo ser italiano. 

Tudo logo a frente do Anfiteatro Romano... não adianta procurar por elas naquele "desenho", porque são todas recentes, e só para atender aos novos invasores que atacam sem piedade. 


Abaixo é, se não me engano, a foto da entrada de um banco... Sim, pensei em assaltar ali, mas não para levar dinheiro, que seria bem clichê, mas para levar aquelas madeiras do teto, toda trabalhada e cheia de detalhes incríveis... aquilo sim é um verdadeiro tesouro!


Verona também foi locação do filme "Um Pequeno Romance", que começa em Paris, passa por Verona, até chegar em Veneza, como citei quando comentei sobre esta última... num filme romântico não poderia faltar Verona, né?


E o que imortalizou Verona, como cidade romântica e concorrendo com Veneza, foi a história de dois jovens apaixonados (na época os adolescentes ainda não haviam sido inventados, eram apenas jovens), "Romeu e Julieta", do bardo inglês William Shakespeare.

Na verdade "Romeu e Julieta" é baseado em um conto traduzido em versos como "A Trágica História de Romeu e Julieta" por Arthur Brooke em 1562, e retomado depois, em prosa como "Palácio do Prazer", por Willian Painter em 1582 e, por fim, a versão consagrada de Shakespeare, que se baseou naquelas duas versões... não sou especialista no assunto, então consultei a infame Wikipédia.

Bom, o que não se sabe é se a tragédia foi baseada em fatos reais ou se era somente uma alegoria trágica sobre o amor (idealizado). Aliás não se sabe nem se Shakespeare existiu de fato como autor de toda a obra creditada a ele... E sobre isso tem um ótimo filme de 2011, chamado "Anônimo", que trabalha justamente com uma das teses de sobre quem seria, de fato, o autor das obras celebres.

Enfim, parece mesmo que existem muita coisa mal contada no que diz respeito ao universo Shakespeariano... ou você acredita mesmo que esta casa da foto é a casa da Julieta? 


Bom, se você acredita que a casa da foto foi mesmo da família da Julieta, então deve acreditar em outras balelas, como aquela do filme "Cartas Para Julieta", que é um romance bem simpático e sem grandes pretensões, mas que (a produção) resolveu que a passagem que serve de entrada, para a tão citada casa, não era adequada por ser muito poluída visualmente (feia) e por isso criou um cenário bem mais limpo para mostrar na obra.Típico das produções estados-unidenses, que acreditam que são capazes de melhorar a realidade e torna-la, digamos, mais adequada (a maneira deles, obviamente), mas a realidade pura e simples é a que podemos ver na foto aqui embaixo... depois compare com o filme! 




Próxima parada - Vitznau/Lucerna/Zurique - Suiça