sexta-feira, 14 de agosto de 2020

02 - A EXCURSÃO DE DANTE - PARTE 01- ITÁLIA - NÁPOLES E ILHA DE CAPRI

NÁPOLES

Depois do incrível passeio matinal pelas fascinantes ruínas de Pompéia voltamos ao ônibus que nos levaria para Nápoles, não para conhece-la, mas porque é lá que embarcaríamos num barco (parecidos com aqueles de lotação que se pega para ir do Rio para Niterói ou Paquetá) rumo a ilha de Capri. 

A tentativa de ir para o fundo do ônibus, acreditando que ali seria um lugar estratégico para fotografar e ver melhor a paisagem, foram frustradas por um vidro duplo (que duplicava o reflexo e prejudicava a tentativa de registrar algo do lado de fora) e sujo (que prejudicava idem). Para piorar não parava de chover (inclusive dentro do ônibus) e aquilo só piorou minha irritação por ter que ficar correndo como um peru doido pelos lugares históricos, sem tempo para apreciar mais os sítios históricos e museus. 

O tempo que davam para a gente, em geral, era para poder visitar as lojinhas de lembranças... só não sei porque eu iria para a Europa, para ficar comprando bugigangas chinesas. Mas em Nápoles, nem isso. O sabor napolitano ficou na saudade também, porque não rolou nem pizza local.


A passagem pela cidade foi a jato, mas deu para perceber que a região próxima ao Vesúvio era enorme, creio que a maior cidade da Itália e uma das mais populosas. O que ninguém me explica é: por que raios as pessoas se aglomeram num lugar com um baita vulcão ao lado, com risco de explodir a qualquer momento ?! Tantos lugares na Itália e o preferido deles é ao lado de um vulcão que já tirou várias cidades (e seus moradores) do mapa!! Lembrando que na década de 1940, ainda durante a Segunda Guerra Mundial, também houve uma erupção... Eu que não mudo para lá! 

Mas Nápoles é mais que o vulcão e que a pizza, logicamente, então deixo uma dica literária, que é a "Série Napolitana", que virou uma série de tv bacana chamada "A Amiga Genial". Mas o mais curioso é o mistério sobre a identidade da autora que assina com o pseudônimo de Elena Ferrante, que mantém seu nome verdadeiro e sua origem em total segredo.  

Minha impressão daquela cidade, ao menos dos arredores, é de um caos completo e me lembrava algum subúrbio do Rio em alguns momentos e em outros uma daquelas cidades do oriente médio que vivem em escombros por conta de bombardeios incessantes, daqueles a que assistimos no Jornal Nacional.

Na foto ali em cima dá para ter uma ideia, embora eu tenha preferido escolher uma foto menos, digamos, assustadoras. Não sei se a decadência é pontual do bairro, mas a verdade é que andamos por quilômetros passando por prédios cacarecados, sujos e caindo aos pedaços. Obviamente o centro histórico da cidade era mais bem preservado, mas já devem imaginar que só passamos pelo centro para o ônibus fazer sua manobra em direção ao porto. 


Se na direção do continente víamos um mar de prédios pedindo para serem demolidos ou reformados por completo, na direção do mar surge um belo castelo... um pouco sujo de fuligem, é verdade, mas ainda assim, belo!

Estou falando do castelo medieval Nuovo, que hoje nada tem de novo, já que foi construído entre os anos de 1279  e 1282. Ele foi ocupado somente em 1285 por Carlos II de Nápoles, um figurão da época, cheio de títulos de nobreza.

Eu até queria conhecer o castelo, mas não rolou, né?

Bom, abaixo a Galeria Umberto I, que é um impressionante exemplo da arquitetura do século XIX, que é uma das mais importantes do país, ao lado da Galeria Vittorio Emanuelle II em Milão. Mas o que conheci da citada galeria napolitana é o que podem ver na foto que fiz do ônibus, que fez um contorno ali na frente... um contorno!!! É nisso que se resume uma viagem de excursão, então estejam avisados!


Abaixo a Fontana del Carciofooo... ih, passou!


Ihhh, olha lá... Certosa e Museo di San Martino Napoli... Ciao bello! Fica para a próxima! 


Bom, abaixo o último registro de Nápoles, atrás do antigo castelo Nuovo, onde descemos do ônibus para pegar o lotação para Capri. Todos a bordo!!! 



ILHA DE CAPRI

Capri, como toda a Itália, tem seus valiosos sítios arqueológicos e suas histórias de séculos, mas hoje sua fama praticamente se resume a turismo! Basicamente é uma ilha para turistas ricos e  residência de lojas de grife (mas claro que se procurar ali no centrinho, vai encontrar algumas daquelas lojas de produtos italianos feitos na china), com paisagens de cartão postal e fotos de pessoas com cara de paisagem. 

Eu com cara de paisagem... 


Minha mãe com cara de turista olhando paisagem... perceberam a diferença? 


O que estraga é o penduricalho identificando a agência de turismo e estragando minha imagem de viajante sério! Triste isso! Eu devia cobrar pelo merchandising. 

A rua das lojas era toda assim, como na foto a seguir... sei que não é uma foto das mais descritivas, mas vocês acham mesmo que eu faria propaganda das lojas de graça? Se me pagarem eu mostro as fachadas de todas elas com suas marcas e até deixo aparecer alguns dos turistas que cortei da foto apontando para cima! 


Atendendo a pedidos vou mostrar duas fotos mais abertas, para terem uma ideia melhor do lugar... nem sei se podemos chamar de cidade, mas enfim, de lá da ilha.

Foto de um lado...


... e do outro lado!


Não pensem que falo de Capri como se tivesse algum ranço do lugar... nunca! A culpa não é do lugar, afinal lugares não tem culpa de nada, porque só exite uma espécie que é culpada por estragar lugares perfeitos. 

Como não quero parecer uma pessoa negativa, rancorosa e vingativa, pois sou uma fofura em pessoa, vamos em frente!


Depois do belo passeio debaixo de chuva pelo centro turístico da cidade, fotografando e comprando lembrancinhas dos chineses foi a vez do passeio de barco... não, não foi aquele grande ali atrás, com detalhes em azul. O nosso era, digamos, mais modesto e mais parecido com aqueles ao lado do grandão.

Lembra quando dizem "azul marinho"? Não é atoa.


Nos disseram que fazia parte da programação entrar com o barco numa caverna, mas adivinhem! Não entramos porque nos disseram que o mar estava agitado, mas... peraí, se estava agitado para a gente, por que aquela lancha de gente endinheirada estava saindo da caverna? 

Bom, passeio de barquinho em buraco na parede é coisa de turista, então por mim tudo bem. Próxima!



Bonita formação na foto abaixo... e dizem que passam com os barcos pelo buraquinho na rocha... ai, ai. 

Mas sabe por que registrei a bela formação? Porque me lembrou algumas das pinturas de Salvador Dali! Não lembra?


Na foto aqui embaixo podemos ver uma casa branca no penhasco, algo comum por lá, mas aquela ali, segundo me disseram, foi usada como locação do belo filme "O Carteiro e O Poeta". Já viu? Não?!

Então vá assistir e depois volte para falar comigo... não, só falo depois. Vai lá...  


... Então, me disseram que filmaram ali, em Capri, mas era informação de guia de excursão, então como sabem, não é das mais confiáveis, até porque estamos falando de cinema e não de ruínas históricas.

Dei uma pesquisada, sem me aprofundar muito, porque, sinceramente, pouco me importa aonde foi filmado, mas a qualidade da obra, que é excelente! Já vi uma informação de que foi filmado num lugar chamado Prócida e outra que dizia que foi em Salinas, pouco importa.

E se não tem a menor ideia do que estou falando, o filme é uma adaptação do livro que romanceia sobre uma amizade que o poeta chileno Pablo Neruda teria tido com um carteiro, quando vivia em Isla Negra, no Chile, mas que no filme se passa na Itália dos anos 1950.

Próxima Parada - Florença


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